terça-feira, 8 de outubro de 2013

Café.

Nas minhas viagens à Coreia, me hospedei em  um albergue chamado "Hi Guesthouse". A vizinhança é calma, o lugar é bom, e é convenientemente perto de uma estação de metrô. Ah, e dá para ir até Hongdae à pé. Ao lado da estação de metrô tem um Starbucks, onde estive umas três vezes: uma para me despedir da Coreia, na primeira vez; na outra – em julho - para me encontrar com o Jay, pessoa que me salvou de me perder em Gangnam; e na terceira para relaxar e conversar com meus pais por telefone.

O lugar foi projetado para ser agradável para quem quer ir estudar, apreciar a paisagem, ler, dormir, trabalhar, etc. A música é sempre uma delícia e se você dá sorte de encontrar uma poltrona vaga, não quer sair de lá nunca mais – tava chovendo horrores quando fui e realmente já estava cansada do calor e dos dias chuvosos.



Enfim, de volta à Goiânia, tenho que lidar com diversas coisas estressantes e às vezes quero sentir a mesma sensação de relaxamento que senti quando estava em Seul. Então, quando posso e o trânsito deixa, vou ao Fran’s Café que fica no Setor Marista.

Na primeira vez, eu me senti roubada. Não pelo lugar. Aliás, sou frequentadora assídua de lá e sei como uma manhã de domingo pode ser agradável naquele café, quando minha irmã e eu nos sentamos lá fora – menos quando tem uma dupla de professores machistas conversando alto por perto.

Mas naquela quinta-feira estavam lá todas as pessoas que falam alto nessa vida: políticos, vendedores, enfim, pessoas barulhentas. Eu mal podia ouvir meus pensamentos. Isso me deu uma certa tristeza: nunca mais vou poder sentir o conforto que eu senti um dia, em outro lugar. Mas fico pensando se não seria melhor um café em que as pessoas vão para esquecer seus trabalhos, problemas etc. Só consigo pensar nesse tipo de comércio desse jeito. 

Aliás, deve ter alguma loja assim por aqui. Mas não sei onde... A alternativa que encontrei certa vez foi um lugar em que lançaram olhares reprovadores só porque, quando fomos, não estávamos vestidas de uma maneira descolada o suficiente para merecermos ser clientes de lá.

Enfim, eu tinha o plano de abrir um café que pudesse servir como um lugar em que as pessoas vão para relaxar, não para se estressar. Em Seul, lá “perto” do albergue, tem um café/livraria muito legal. A parede da esquerda é uma enorme estante lotada de livros. Se não me engano, é onde o pessoal do TalkToMeInKorean fez esse vídeo (ative as legendas):




Enquanto isso, em Goiânia, sigo em busca de um lugar que me ofereça café e aconchego. :P

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